23 janeiro 2009

Eu Contra Eu Mesmo

Esta é uma dor crônica, no momento esta aguda, ela vai e vem latejando incansávelmente.
Ela é como sexo, bom momentaneamente, mas na maioria das vezes o pós coito nos tras pensamos como "Meu Deus o que eu fiz?" ou "Eu deveria ter esperado mais".
Ainda não sei ao certo se sexo possui regras. Regras como: Quando? Onde? Como? Com quem? Por que?
Sei que me arrependo de muita coisa não feita, talvez me arrependa até de não ter transado contigo em momento algum. Quem sabe estou apenas confuso pela dor gritante que me apunhala a mente. Uma alucinação. Talvez seja apenas um momento putanesco que esteja passando.
Talvez seja um sentimento purulento de difícil correção. Estou obsoleto na questão prol (minha) vida.
Pareço apresentar um outro ser, alguém prestes a sair rasgando pudores, conceitos e etiquetas a lá socialite.
O que me faz crer, que uma amputação seria mais eficaz neste tipo de caso se possível fosse fazê-la.
Estou foragido, escondendo meu próprio eu.
Esquencendo meu ego, minhas piras e noções de realidade.
Estou a perigo.
Eu contra eu mesmo.
Como diz Boris Casói " Isto é uma vergonha!"
Preciso urgentemente encontrar-me novamente, e ficar no estilo zen de ser.
Para assim poder ter o tão sonhado final feliz.


"I'm too exhausting to be loved"
"A volatile chemical"
"Best to quarantine and cut out off"
Alanis Morissette

17 janeiro 2009

Oração De Um Céptico

Senhor Deus:
Após cinco meses de abstinência sentimental, volto a ativa. Sim "modo on" novamente (momentaneamente).
Ainda permaneço com pensamentos excêntricos, alguns empalhados, fixos e de longa data.
É incrível como deixamos pessoas invadirem nossas vidas sem propósitos lógicos. É certo que há males que vem para o bem, mas poucos usam estes como aprendizado.
Não sou santo, na verdade, estou longe da santidade. Não sou nem a unha do mendigo. (Aliás quem me deu o direito de achar podridão na unha do mendigo?)
Estou cansado. Cansado não sei do que.
Noto isto mesmo sentado no banco da igreja, quando "Aleluia" dito ou sinal físico não servem como resposta.
Cansei de escutar, aceitar e perdoar pessoas indignas.
Minha vida continua ainda com certos buracos a tapar e certas covas a cavar. As primeiras com certeza daqueles que veem no corpo e na bunda uma "característica mental", daqueles que esquecem-se da pureza da fala e quem sabe um simples abraço.
Mas novamente digo: NÃO SOU SANTO! Provavelmente alguém esteja cavando minha cova. Será?
Cheguei tão longe, andei por desfiladeiros, passaei por pessoas que me fizeram desfilar e gabaram-me dizendo as coisas mais lindas e puras passíveis de se ouvir.
Agora, só não quero morrer na praia! Pois estas pessoas são as que mais fomentam a guerra em minha vida.
Motivos vãos, incoerência de propósitos e quem sabe insubordinação ao me ver.
Apesar de não acreditar tanto quanto deveria (como dizem as "boas línguas"), que Deus me proteja "In Nomeni Patri Et Fili Spiritus Sanct" Amém.