Saco Cheio é Pouco

Ultimamente ando querendo ser outra pessoa.
Ando querendo ser uma outra coisa.
Longe de mim querer ser como objeto, que recebe olhares pontiagudos e salivas excessivas no canto da boca num misto de pensamentos sacanas que aparecem continuamente nos cérebros defasados pela nossa "santa" e "correta" sociedade.
Pra dizer a verdade não sei ao certo que tipo de mudança gostaria de ter ou se sentir. Já pensei em uma nova profissão, fazer uma nova especialização ou quem sabe me fazer de tonto, compor um funk hiper pop que até o Papa balançaria a sua santa bunca caída. Claro... contrataria alguém com um "CÚrriculum" maior do que as frutas atuais para descer na garrafa.
Ouço muito e absorvo desgostoso a maior parte do que vivencio.
Ainda assim não consegui me responder, não sei o que quero, talvez nem queira saber.
Talvez queira ser julgado como um famoso pecador, sim aquele que fez aquilo lá... por conta disso... disso e disso...
Vejo que quando estamos concentrados em nossas carreiras... em nossas vidas, ficamos a mercê de julgamentos idiotas e lógico sem nenhum conhecimento do que minha identidade é e o que posso fazer, ficamos largados como um monte de merda na periferia da sociedade. Acabo então por me perguntar:
"Pra que me esforçar pra achar devidas curas e evoluir?" Será que nós já não somos a evolução?
Depois de tanto sofrimento, tanta confusão familiar, posso apenas restringir-me ao pensamento...
Eu ando, eu falo, eu penso e eu ajo. Trabalho, leio e aprendo mais e mais. Escuto e finjo não ter ouvidos para o que acabara de escutar.
Se desta forma sou normal, não faço ideia, mas o que acredito é que o anormal não seja eu... e sim o resto que vive num mundo que gira contrário ao meu e que julga correto apontar a direção que seguirei.
No momento acho que é a única coisa que sei, penso e sinto...
...me deixem em paz, cuide apenas de sua vida que tenho certeza que já é bem complicada.
Do mais. sejamos amigos e ponto.