06 junho 2008

Peso dos Atos

Nossas conexões foram arqueadas, e você permanece céptica.
A dúvida do não amar, é maior do que a própria crença do senti-lo,
As pequenas diferenças. Das digestivas às intragáveis.
Agüentar seu estereotipo de lamúrias intermináveis,
Um velório sem fim.
O ar de estranheza permanente ao seu redor,
Mesmo após banha-la com os mais caros e aromáticos perfumes,
O ar ainda pesa, e nada cai no esquecimento de sua mente.
Do jantar no ano passado, onde me foi servido “traição” como canapés.
Tudo o que foi feito, tudo o que foi-se discutido e nada resolvido,
Mantido.
Somente porque as conseqüências dos atos não voltarão a você.
E com certeza é mais fácil manter esta inconstância do que restabelecer a relação.
Ganhar novamente o que chamamos de “confiança”.
Talvez seja uma palavra sem nexo, e nem deveria existir.
Mas sua existência é compensada, com nossa habilidade de falsificar sentimentos, por nossa máquina cardíaca e cerebral.
Esqueça seu “id”, e até seu “ego”
Pois nada lhe trará o perdão
Nem suas lágrimas,
Nem mesmo sua morte.

3 comentários:

Bruno Matsushita disse...

Fico imaginando para quem o Maycon escreve essas coisas... Será que essa pessoa lê os textos? O que diabos essa pessoa pensa? O que ela sente?

Você não tem apenas sensibilidade aguçada e facilidade para mostrar o seu mundo interior em seus poemas, você consegue vomitar o seu repúdio por essa sociedade narcisista e podre.

Parabéns! Mais um pra coleção!

Anônimo disse...

Nossa, este é o semelhor texto...você fala com uma tal convicção que dá medo....
E é pior que tem razão...A gente sempre faz isso no final de um relacionamento....
eijos

Anônimo disse...

Seu sentimento tah Completamente colocado nesse texto,
Nos outros textos podem até haver seus sentimentos, mas como nesse naum.
ME impacta a cada palavra lida.

Parabéns, esse eh perfeito.